Vira o disco e toca o mesmo



Falava-se hoje ao almoço a propósito da morte deste jovem, Cory Monteith.
Já por aqui falei diversas vezes sobre julgar os outros e volto a falar porque há certas atitudes e palavras que me irritam profundamente. Enquanto que noutras vezes eu fico calada a afundar-me na cadeira e a querer fugir dali por ouvir tamanhas barbaridades, hoje não me calei.

E a ladainha rezava assim: "E porque ele tinha tudo, fama, namorada, dinheiro e foi-se meter na droga, é mesmo estúpido!"; "Deve ser muito giro andar a alucinar!"; " Não tinha mais nada para fazer!" e por aí fora...

Não consegui conter-me e tentei fazer-lhes ver que nós não podemos julgar porque não sabemos a vida dos outros, não sabemos se ele tinha isto tudo, mas não estava bem, psicologicamente, se se sentia vazio por dentro, se sentia sozinho apesar de ter muita gente à sua volta e se a única maneira que ele arranjou de fugir a esta realidade foi o mundo das drogas... 

Simplesmente não sabemos e porque é que estamos a julgar? A imagem da vida que as pessoas passam cá para fora não é igual à vida que vai lá dentro, será que é difícil de perceber isso? E cada vez eu compreendo mais isto, com o conhecimento de problemas íntimos de algumas pessoas que olhando para elas e falando com elas, ainda que todos os dias, nem sequer se imagina que os têm. 
Será que a experiência de vida não ensina a perceber isso? Quem é quem para julgar o outro por se meter nas drogas, no crime, no tráfico? 
É errado, que é, mas ninguém pode julgar, porque não se conhece as razões, os problemas que os levaram àquele caminho.
Chiça, que é difícil...
Depois deste meu discurso ficou tudo calado.
Reflictam pessoas, antes de julgarem!
Ninguém é melhor que ninguém, ninguém está acima de ninguém!
Dassssss, que isto enerva-me!

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