A despedida

Ontem despedi-me do meu popó com um aperto muito grande no coração. Tinha 16 anos, 5 dos quais na minha mão. Já estava cansado...
Levou-me ao Porto, a Braga, a Guimarães, ao Algarve, ao Alentejo e mais as milhentas viagens de Lisboa a casa. Com ele passei muitos episódios da minha vida.
O pneu furou, a bateria pifou, o escape caiu em pleno andamento, mas nunca, nunca me deixou "agarrada". Andava sempre, mesmo quando já quase que não conseguia.
Ontem despedi-me do meu popó.
Podem pensar que era só um carro, que era mais um carro.
Não para mim. Era o meu carro. O meu primeiro carro, que vai ficar para sempre no meu coração.

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